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Quarta, 21 de fevereiro de 2007, 01h34 
Escolas reclamam de vento causado por helicóptero
 
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As porta-bandeiras e mestre-salas tomaram um susto quando sentiram vento forte varrendo a avenida, na Marquês do Sapucaí, no Rio de Janeiro. Eles tiveram que redobrar a força para manter o estandarte firme durante o bailado. Houve casal que teve até que mudar a coreografia, segundo O Dia. O 'furacão' foi provocado por helicóptero usado pela Rede Globo para filmar os desfiles.

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A Central Globo de Comunicação defende que a aeronave só fazia imagens gerais e que não chegou perto o suficiente para interferir na apresentação das escolas.

Detentora dos direitos exclusivos da exibição da festa, a emissora não poupou rasantes em busca do melhor ângulo e prejudicou diversos integrantes das escolas de samba. "Quando o helicóptero desceu, levantou a minha saia e o aço da anágua entrou no meu tornozelo. Se eu não estivesse usando um mastro mais pesado, a bandeira teria ficado torta", indignou-se a porta-bandeira da Unidos da Tijuca, Lucinha Nobre, que chegou a passar mal de tão nervosa. Ela desmaiou na dispersão.

Outro que teve problemas com o vento foi o mestre-sala da Imperatriz Leopoldinense, Marcílio Ferreira. "A sorte foi que na hora do vento estávamos segurando a bandeira para a apresentação ao jurado. Mas tivemos de mudar a coreografia de improviso para não sermos prejudicados", disse.

O problema com o helicóptero vem de outros Carnavais. No ano passado, a porta-bandeira da Vila Isabel, Rute Alves, perdeu três décimos na pontuação. Ela atribuiu o tropeço ao forte vento que atrapalhou sua evolução, fato que quase tirou o campeonato da Vila. "Quando ouvi o barulho das hélices este ano já fiquei nervosa, mas o Rafael (mestre-sala) me acalmou e correu tudo bem", afirmou.

Selminha Sorriso, que leva o estandarte da Beija-Flor, revela que quase foi alvo dos ventos que assolaram a avenida. "Se eu não estivesse no recuo da bateria também teria sobrado para mim. Perder ponto por causa disso é o fim da picada e alguém tem de tomar providência", afirmou.

De acordo com o comandante Evio de Oliveira, que tem mais 13 mil horas de vôo, o piloto deveria estar a 200 metros do chão. "As arquibancadas da Sapucaí formam barreira e o vento não dissipa, o que aumenta seu efeito. Imagina se tivesse tido uma pane? Seria uma tragédia", afirmou.


 

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