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Blocos para todos os gostos e tribos espalharam alegria pelas ruas do Rio. Na segunda-feira de momo, disposição foi artigo que não faltou à maior parte dos foliões cariocas.
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Caixas de som entranhadas em pequenas ruas de Copacabana e Ipanema desde o início da tarde davam o tom do que seria o terceiro dia de Carnaval na Cidade Maravilhosa.
A explosão se iniciou por volta das 16h, quando a Polícia Militar fechou o trânsito na altura do Jockey Club para o Pede Passagem festejar. Formado por notívagos trintões que freqüentam o Baixo Gávea desde o começo da década de 1990, o bloco se mostra cada vez maior.
O advogado Tiago Lins e Silva era um dos que confraternizavam ao som das marchinhas. "É a terceira vez que venho e a impressão é a de que há, ano após ano, mais gente."
Produtor artístico de Elza Soares, Nando Duarte, um dos fundadores do Pede Passagem, estimava em quase mil pessoas o público que o acompanhava.
Com bem mais gente, exatamente uma hora depois, o tradicional Bloco de Segunda, talvez o mais democrático da cidade - por atrair de crianças a integrantes da terceira idade, passando por adolescentes e jovens - iniciou seu trajeto. Cerca de 40 minutos antes, a Cobal do Humaitá já acolhia um mundo de crianças e adultos, que, seduzidos pela atmosfera fraterna, extravasavam suas facetas mais infantis.
Fantasiados de bebê, com direito a fralda e chupetas, Rômulo Galvani e Thaís Carneiro curtiam as ruas de Botafogo com euforia desmedida, aproveitando o que há de melhor na cidade. "É nosso primeiro bloco hoje, mas deve ser o último também, já que viemos de Bangu", explica Rômulo.
Turistas sem receio de serem molestados; diabos, Emílias, bobos da corte, havia de tudo um pouco no Bloco de Segunda. Era uma festa quase amorosa, de tão simpática: quando um folião passou mal, a banda brecou a euforia até que retirassem a pessoa, para que fosse rapidamente medicada.
Como o Céu na Terra, de Santa Teresa, só sai hoje, nas Laranjeiras o Volta, Alice! parou as ruas do bairro. Quem se arriscou a subir as ladeiras cantando o bom samba pôde ver que a juventude carioca continua linda. E cheia de gás. Num dos momentos em que nenhum isopor continha água mineiral para vender, não houve abatimento, crise ou histeria. Gente que não tomava refrigerante bebeu e sem fazer cara feia. A alegria ditava o tom. Quando a bateria passou em frente à famosa Casa Rosa da Rua Alice - que, por suas janelas e portão verde, mais lembrava a Estação Primeira de Mangueira - não tardou a ser entoado um dos inesquecíveis sambas-enredo da agremiação que desfilou no domingo. No vocal, Thiago Mocotó, irmão por parte de pai de Gabriel, O Pensador, não deixava a rapaziada desanimar um minuto sequer.
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