Redação Terra |
Membro do Filhos de Gandhi usa colares para se aproximar das mulheres e trocá-los por beijos |
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Um ano após a morte do líder pacifista da Índia, Mahatma Gandhi, um grupo de estivadores baianos, em sua homenagem, criou o bloco Filhos de Gandhi. Formado apenas por homens, pisou pela primeira vez nas ruas de Salvador no Carnaval de 1949. De lá para cá, cresceu, e agora busca manter o seu espaço em um tempo em que se discute a descaracterização das tradições do Carnaval baiano.
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Raimundo Barbosa Filho, 48 anos, sai com o bloco há 19 anos, mas diz ser o único integrante da sua família a fazê-lo. Ele lamenta o desinteresse dos mais jovens, mas acredita que o número de seguidores do bloco é suficiente para mantê-lo vivo por muito tempo.
"É sempre uma emoção pisar nesta avenida. Tá no meu sangue. Eu espero o ano todo por este dia. Aqui pregamos a paz, que é o que nós precisamos", diz.
O carpinteiro José Jorge Moreira, 49 anos, está no bloco há seis carnavais e diz que levar a mensagem de paz e alegria ao povo da Bahia é uma missão importante.
"Pode olhar aqui em volta. Não tem confusão. As pessoas param para nos ver passar e refletem sobre a nossa mensagem", diz.
Munidos com sprays de Alfazema, os homens fazem um ritual significa a purificação, segundo a tradição do bloco. Porém, com o passar do tempo, muitos aproveitam também para, com o perfume, atrair as mulheres que ficam ao redor das cordas.
Outro artifício utilizado pelos rapazes é trocar os colares azuis e brancos por beijos das mulheres que acompanham a apresentação.
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