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Salvador
Segunda, 19 de fevereiro de 2007, 20h24  Atualizada às 00h26
Vizinhos dos circuitos vão do céu ao inferno no Carnaval
 
Alexsandra Bentemuller
Direto de Salvador
 
Reinaldo Marques/Terra
Janilda Souza reclama da lentidão pelas ruas de Salvador
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Nem tudo é alegria na vida de quem mora nas proximidades do circuito carnavalesco Barra-Ondina, em Salvador. Apesar da vista privilegiada para a folia, ou ainda poder transformar o apartamento num camarote, os moradores sofrem com a dificuldade de se locomover pelas ruas da cidade por causa do trânsito intenso do corre-corre dos foliões e vendedores ambulantes.

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Ambulantes dormem nas ruas de Salvador para economizar
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"A gente não tem como andar pela calçada direito. Já tive que sair correndo daqui com a minha filha no colo para levá-la ao hospital", disse a aposentada Janilda Souza, 52 anos, que vive no edifício Bahia de Todos os Santos, com uma vista privilegiada para a maior festa de rua do mundo.

Moradora da Barra-Ondina há quase 30 anos, Marina Souza, 80, diz que está acostumada com a situação. "Não não adianta reclamar, a festa está aí. Eu desço e saio atrás dos blocos. Sou muito animada. Pra mim, o Carnaval é uma maravilha", disse.

Na lentidão do trânsito em Barra-Ondina, os pedestres invariavelmente compartilham espaço da rua com os automóveis. "Não tem como sair de carro. É complicado. É melhor ir andando mesmo", disse Alice Lopes dos Santos Neves, 55.

"É verdade. O trânsito fica insuportável. É difícil para sair e para chegar. Tenho medo acontecer alguma coisa e eu não conseguir sair daqui", concordou o economista Elinildo Santos, 30.

Já a moradora Maria Silva Lisboa, 71, gostaria de ter mais conforto. "Odeio essa bagunça do Carnaval. É um sufoco agüentar tantos dias de festa. Não acho graça em nada, prefiro samba."

O Carnaval de Salvador acontece até a noite desta terça-feira em três circuitos. São mais de 200 entidades carnavalescas, com 45 blocos de trio e 41 grupos afros.
 

Redação Terra