Antônio Reis/Especial para Terra |
Para presidente do grupo Afro, Carnaval de Salvador vai além de Ivete Sangalo |
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Nos últimos anos, as críticas à elitização do Carnaval baiano ganham corpo. A multiplicação de camarotes - este ano um deles está instalado sobre a areia da praia -, a segregação entre os com e sem-abadás e a exploração da mão de obra barata da festa estão no centro do debate público.
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O que era uma festa popular, é cada vez mais excludente. Quem tem dinheiro e influência se ajeita nos melhores espaços, enquanto os demais se espremem na periferia da festa.
Para o artista plástico e presidente do Cortejo Afro, Alberto Pita, a festa de Salvador "não pode se limitar às pernas grossas de Ivete Sangalo".
"Banda Eva, Camaleão, Asa de Águia, Ivete. Essa gente pode fazer coisas e não faz. Não se pode limitar o Carnaval às pernas grossas de Ivete Sangalo. Ela é minha amiga, diz que sempre acha linda a nossa apresentação. É uma sofisticada retórica, porém, ninguém nunca pergunta como é que pode ajudar", diz.
Carlinhos Brown, que promete levar hoje 30 mil pessoas no seu "Pipoção", é favorável à cobrança de direito de arena por parte dos blocos.
"O que fazemos aqui é uma apresentação e seria interessante que recebêssemos pelo uso da nossa imagem. Isso seria muito interessante e os blocos não precisariam ficar mendigando verbas. Seria a democratização do Carnaval."
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