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Salvador
Segunda, 19 de fevereiro de 2007, 15h37  Atualizada às 16h50
Bloco coloca trio à venda para pagar dívidas
 
Vagner Magalhães
Direto de Salvador
 
Reinaldo Marques/Terra
Com dívidas de R$ 87 mil, Cortejo Afro coloca trio à venda durante o Carnaval
Com dívidas de R$ 87 mil, Cortejo Afro coloca trio à venda durante o Carnaval
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O artista plástico e presidente do Cortejo Afro, Alberto Pita, tomou uma medida radical neste Carnaval. Colocou o trio do bloco à venda por meio de um anúncio no próprio caminhão, durante a passagem pela avenida Oceânica, no circuito Barra-Ondina.

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Segundo ele, a venda se justifica por causa das dívidas da agremiação, que hoje ronda os R$ 87 mil. Pita acredita que a estrutura do trio do Cortejo Afro esteja avaliada entre R$ 120 mil e R$ 130 mil.

"O Cortejo, assim como a maioria dos blocos mais populares, não só os afros, tem uma dificuldade enorme de patrocínio. O que conseguimos é a ajuda de alguns apoiadores. Nós saímos às ruas para o nosso próprio deleite e para a diversão de quem vê o bloco. Não ganhamos dinheiro com ele", diz.

Pita diz chegar ao fim de mais um Carnaval já pensando na quarta-feira de Cinzas, quando precisa efetuar o pagamento dos cordeiros, que protegem o público do caminhão, o pessoal da bateria, e fornecedores do grupo, entre outros.

Se a venda do trio for concretizada, Pita já faz planos para o próximo ano, livre das dívidas.

"Sou artista plástico, tenho de pensar novas formas no Carnaval. Eu gosto do Camarote Andante de Brown, por exemplo. O resto é tudo muito igual. Vamos trazer para o Cortejo uma alternativa, como uma instalação. Queremos participar de verdade do Carnaval sem sermos comerciais", diz.
 

Redação Terra