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Segunda, 19 de fevereiro de 2007, 10h10  Atualizada às 11h05
Rio: mulher morre atropelada após pular em bloco
 
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Uma tragédia acabou com o Carnaval de uma família da zona sul do Rio no sábado. A analista de sistemas da Petrobras Jaqueline dos Santos Alves, 41 anos, morreu na madrugada de ontem, no Hospital Miguel Couto, na Gávea, em conseqüência de traumatismo craniano. Ela foi atropelada em frente a um posto de gasolina localizado na esquina das ruas Conde de Irajá com Visconde Silva, em Botafogo.

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Por volta das 18h, Jaqueline tinha acabado de sair do bloco carnavalesco "Empolga às 9" em companhia da filha Maria, 8 anos, e da mãe Francisca dos Santos, 68 anos, quando foi atingida, segundo informações de testemunhas, por uma Parati preta, cuja placa não foi anotada.

De acordo com Francisca, o motorista subiu na calçada em alta velocidade e não parou para prestar socorro. A pessoa deu marcha à ré e fugiu, ignorando o desespero de Maria e Francisca, que gritaram por socorro.

"Um cardiologista que passava ali, na hora, prestou os primeiros socorros e disse que minha filha ainda estava com vida, mas eu sabia que ela não resistiria. Os ferimentos foram muito graves", lamentou Francisca. Além do traumatismo craniano, Jaqueline também teve fratura exposta de fêmur.

Francisca disse que ela, Jaqueline e a neta iam para casa, também em Botafogo, quando aconteceu o acidente. Transtornado, o marido da vítima, o engenheiro Ricardo Lemos Gonzaga, 44 anos, passou parte do dia tentando consolar Maria e os outros dois filhos do casal, Francisco, 15 anos, e Fabiano, 12 anos.

"Todos nós estamos muito abalados. Minha filha estava muito feliz, pois nossa família sempre foi muito, muito unida", desabafou a mãe de Jaqueline.

Policiais da 10ª DP (Botafogo), onde o caso foi registrado, esperam que testemunhas denunciem o motorista que atropelou Jaqueline por meio do Disque-Denúncia. O telefone é (21) 2253-1177. O corpo da analista de sistemas será enterrado hoje, ao meio-dia, no Cemitério Parque da Colina, em Itaipu, Niterói.

De acordo com parentes e amigos da vítima, Jaqueline era considerada uma mulher totalmente dedicada à família e que sempre alertava os filhos sobre os perigos do trânsito da cidade.

Os organizadores do bloco "Empolga às 9" lamentaram a morte da foliã, que foi atropelada após deixar a agremiação, cujo desfile ocorreu em rua interditada ao trânsito.

Impunidade
"De repente, toda a alegria do Carnaval se transformou em pesadelo e tristeza. O que mais nos deixa revoltados em toda essa história é que quem atropelou a Jaqueline nem mesmo parou para tentar socorrê-la", desabafou Francisca.

Ela diz esperar que a pessoa que atropelou a filha seja denunciada. "Estamos cansados de toda essa impunidade no Rio", disse.
 

O Dia

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