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Carnaval 2007
Domingo, 18 de fevereiro de 2007, 23h37  Atualizada às 00h15
PA: familiares de cantora morta cobram segurança
 
Divulgação
Familiares velam a cantora que morreu após cair de trio elétrico
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Enquanto o Carnaval prossegue em Barcacena (PA), os familiares de Cinthia de Cássia Silva do Rosário, 28 anos, velam o corpo da cantora, que morreu após cair de um trio elétrico durante um show em Vila dos Cabanos, na noite de sábado.

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Os familiares criticaram a decisão da prefeitura de continuar a programação carnavalesca mesmo após o acidente e afirmaram que vão entrar na Justiça contra a organização. "O mínimo que poderiam fazer é suspender o Carnaval. Isso só demonstra que devemos fazer algo para cobrar mais responsabilidade dos organizadores", disse Isabela Cavalcante, prima da vítima.

Carreira
A banda Doce Sedução, formada por Cinthia, existe há oito anos. O pai, José Maria do Rosário, acompanhava a filha desde quando ela era criança em gravações de programas de auditório da televisão local.

Nascida em Igarapé-Açú, ela completaria 29 anos no dia 9 de março. "Ela estava muito feliz, pois a carreira estava deslanchando. Tocava por todo o interior e começava a tocar fora também. Tinha músicas próprias que outros artistas usavam e elogiavam muito o trabalho dela. É muito triste ver uma carreira ser interrompida dessa forma", disse o pai. A mãe, Margarida do Rosário, 49 anos, acompanhava o velório.

Revolta
"Isso não pode e nem vai ficar impune", afirmou Isabela, prima da cantora. Um amigo e colega de profissão da cantora, Ivan Oliver, 21 anos, afirma que a morte de Cinthia pode despertar uma preocupação maior com a segurança de músicos e foliões durante o Carnaval. "Já cheguei a fazer shows em cima de trio enferrujado. Outra vez, toquei em um que estava com mau contato da fiação, com risco de um curto-circuito", disse.

Para ele, os empresários não demonstram preocupação com itens de segurança para os músicos. "Eles vêem a segurança apenas como um custo a mais", afirma Ivan, vocalista da banda Pai d'Égua.

O irmão de Cinthia, Fabrício do Rosário, disse que a família deve entrar na Justiça contra a organização. "Já conversamos com um advogado e vamos ver como faremos. Sei que ficar assim, achar que é só um acidente, não dá. Não podemos deixar que um acidente dessa gravidade seja encarado como normal, pois mostra a falta de segurança em trios elétricos de pouca ou nenhuma estrutura", disse.

O enterro da cantora será às 9h desta segunda-feira, no cemitério Parque das Palmeiras, em Belém.
 

Redação Terra