Reinaldo Marques/Terra |
Ânimos ficam alterados com atraso do Olodum |
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O atraso de quase duas horas do Olodum na Barra-Ondina, em Salvador, terminou em uma confusão envolvendo o presidente do popular bloco afro brasileiro, a Emtursa (Empresa de Turismo de Salvador) e a Polícia Militar da Bahia. O grupo, que deveria sair às 15h (16h no horário de Brasília), só começou o desfile por volta das 17h.
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O tumulto começou às 15h40 em frente ao Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos da cidade, quando o coordenador do circuito, Márcio Lima, exigiu que o grupo entrasse na avenida mesmo sem som. "Estamos aqui apenas operando. Esse atraso é um desrespeito aos foliões, ao Carnaval. Ninguém tem culpa se eles ainda não estão prontos. Tem que sair agora", falou.
Segundo Lima, a tolerância de atraso para os grupos é de 20 minutos. Depois, os artistas recebem uma advertência verbal. "Também cabem punições. Pode, por exemplo, ser o último carro a desfilar", contou.
O presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, não aceitou a exigência da e discutiu com os coordenadores do circuito. "Por que a Daniela Mercury pode atrasar cinco horas? Isso sim é um absurdo. Só o Olodum não pode atrasar. Nunca existiu pontualidade nesse Carnaval", gritou com dedo em riste.
A briga só foi controlada pela polícia, que ameaçou prender o motorista do trio, Aldir Vieira de Oliveira, caso ele não saísse com o veículo em no máximo dez minutos. "O Olodum pede para eu ficar parado. A Emtursa manda eu seguir. Eles que se resolvam. Não tenho medo dessa ameaça de prisão", desabafou.
Mesmo sem os músicos em cima do trio, o Olodum cedeu e saiu com o bloco Banda Olodum sem os tradicionais batuques do samba-reggae. A platéia reagiu sem empolgação. "Tem que sair sem som mesmo. Isso é uma palhaçada. Sou fã do Olodum, mas é um desrespeito", disse o folião César Oliveira Lima, 30 anos.
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