Paulo Araújo/O Dia |
Adriane Galisteu desfilou pela Acadêmicos da Rocinha |
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Rebaixada do Grupo Especial no Carnaval de 2006, a Acadêmicos da Rocinha abriu o desfile do Grupo de Acesso A sonhando com a volta ao grupo de elite.
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Dessa vez, o carnavalesco Mauro Quintaes, ex-Mocidade, teve a missão de preparar o enredo O Gigante mundo dos pequenos. Porém, o desfile da escola ficou prejudicado, porque a ala das baianas desfilou com somente 38 componentes e não atingiu o mínimo de 60.
A agremiação deve perder meio ponto, apesar de integrantes da Associação das Escolas de Samba afirmarem que a escola pode perder até dois pontos.
"Isso não existe. O regulamento diz que devemos perder meio ponto. Eu tenho guardado em casa e ninguém pode mudar regras depois do desfile acontecer", revelou Rodrigo, diretor da agremiação de São Conrado.
O tema brincou com personagens, luxo e infância. A escola citou crianças que viraram figuras importantes, como Mozart, Chopin, Dalai Lama e o Pequeno Príncipe.
O abre-alas no estilo africano impressionou pela estética. Entretanto, a iluminação falhou completamente e nenhum canhão de luz funcionou na avenida.
A rainha da escola, Fábia Borges, foi uma das musas da escola. Adriane Galisteu, ex-rainha (este ano está na Unidos da Tijuca), brilhou à frente da ala das crianças. A fantasia da apresentadora era um biquíni com as cores da escola e adereços de asas de fada.
Embora não tenha ultrapassado o tempo permitido, a Rocinha correu um pouco no final comprometendo um pouco sua harmonia. A bateria passou direto pelo recuo, algo incomum entre as escolas. A correria e a falta de baianas deve prejudicá-la na luta pelo título.
O enredo mostrou as mentes musicais de dois gênios precoces da música clássica: Mozart e Chopin. Com a fantasia "Bailado das notas musicais", o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel Elegância e Alessandra Chagas, veio depois da quinta ala. Na 2ª alegoria, 15 pianos flutuantes ilustraram a homenagem aos compositores europeus.
No 3° setor, a escola lembrou o personagem de um dos maiores clássicos da literatura mundial, "O Pequeno Príncipe", do livro homônimo de 1946. Flores enfeitaram a terceira alegoria, que teve também um fundo preto estrelado. Seu principal destaque foi o empresário Bruno Chateubriant.
Dalai Lama foi a quarta criança homenageada pelo enredo. Neste bloco da escola, Mauro Quintaes mostrou o universo do gigante pequeno Buda. Vestida de "Monges do Tibet", a bateria de Mestre Pato Roco contou com 240 ritmistas.
Com 60 componentes, a quinta e última alegoria fez referência ao menino Jesus. No encerramento, três alas da comunidade representaram os Reis Magos.
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