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Domingo, 18 de fevereiro de 2007, 09h43  Atualizada às 10h02
Escolas do Grupo Especial do Rio gastam R$ 59 milhões
 
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Realizar o maior espetáculo do mundo está cada vez mais caro. As 13 escolas do Grupo Especial afirmam ter investido R$ 59,2 milhões na produção dos seus desfiles.

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Determinada a conquistar o tetracampeonato, a Beija-flor de Nilópolis diz ser a mais rica da Avenida, com um gasto de R$ 7 milhões no enredo sobre a realeza africana. A Império Serrano é a mais modesta, tendo aplicado R$ 3 milhões em tema de cunho social, que dá valor às diferenças.

Pagamento de artistas, material importado, movimentos, iluminação e efeitos especiais são os quesitos que mais consomem recursos. Também pesam na conta a distribuição de fantasias à comunidade e os custos de manutenção da fábrica do samba.

"A exigência de um espetáculo grandioso com gastos fabulosos é um caminho sem volta. Mas ainda acho que o que conta é o chão da escola, seus componentes", afirma o diretor de Carnaval Laíla, que estima um aumento de R$ 1,2 milhão em relação ao ano passado.

O presidente administrativo da Grande Rio, Hélio Ribeiro de Oliveira, tem tudo na ponta do lápis. Pelos seus cálculos, o pagamento de um carnavalesco varia entre R$ 150 mil a R$ 200 mil por ano. O de um intérprete, R$ 100 mil. Iluminação e efeitos consomem R$ 200 mil.

O abre-alas da escola, que traz uma laranjal, é um dos que mais consumiram watts. A escola também investe na tecnologia para minimizar possíveis erros. Os diretores de harmonia vão acompanhar o desfile por palm tops (computadores de mão). "Somos uma escola de vanguarda. Mas reciclamos muito material. Até paetê é reaproveitado", conta Hélio.

O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, não se intimida: "O que faço com quatro mil, outros não fazem com cinco. O segredo é saber negociar na hora da compra".

Sem improviso
Recém-chegada ao grupo das grandes, a Estácio de Sá passou de um orçamento de R$ 250 mil, quando subiu do Acesso A, para atuais R$ 3,7 milhões. O improviso e a utilização de materiais alternativos ficaram no passado.

"O carnavalesco que acha que pode disputar título com alegoria de garrafa PET vai fazer Carnaval no Grupo A. Se o espetáculo continuar nesse nível de exigência, o Carnaval vai se tornar inviável para as escolas que não tenham patrocinador", teme o diretor de Carnaval, Marcos Aurélio Fernandes.

Hoje, a escolha de materiais alternativos está mais ligada ao efeito estético do que ao barateamento. O carnavalesco da Estácio, Paulo Menezes, usou 600 mil chicletes para fazer uma Estátua da Liberdade. Na Viradouro, Paulo Barros subverteu a ordem, criando um castelo com 150 mil cartas de baralho. O surpreendente é que a alegoria está de cabeça para baixo.

Com um orçamento apertado, no enredo sobre o Apartheid, a Porto da Pedra aposta no impacto emocional de alegorias, como o carro do Caveirão.

Veja quanto cada escola gastou:
Beija-flor: R$ 7 milhões
Viradouro: R$ 6 milhões
Mocidade: R$ 5 milhões
Portela: R$ 5 milhões
Salgueiro: R$ 5 milhões
Grande Rio: R$ 5 milhões
Estácio - R$ 3,7 milhões
Mangueira: R$ 4 milhões
Vila Isabel: R$ 4 milhões
Unidos da Tijuca: R$ 4 milhões
Imperatriz: R$ 4 milhões
Porto da Pedra: R$ 3,5 milhões
Império Serrano: R$ 3 milhões

 

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