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Sábado, 17 de fevereiro de 2007, 01h54  Atualizada às 09h39
Com rainha atrasada, Tom Maior faz crítica trabalhista
 
Eduardo Nicolau/Agência Estado
Mesmo atrasada, rainha Adriana Bombom foi destaque da Tom Maior
Mesmo atrasada, rainha Adriana Bombom foi destaque da Tom Maior
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Terceira escola a entrar no sambódromo paulistano nesta sexta-feira, a Tom Maior homenageou os trabalhadores do ABC com o tema "Com licença, vou lutar!". A rainha de bateria e uma das grandes atrações da agremiação, a apresentadora Adriana Bombom, chegou atrasada ao desfile, preocupando os organizadores.

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Homem é prensado em desfile
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Mesmo tendo que correr para alcançar sua ala, Adriana, terceira vez rainha de bateria da escola, se destacou na avenida. Ela alegou problemas com a sandália. "Foi o sapato que me atrapalhou. Tive que corrigi-lo minutos antes de entrar na avenida, mas não foi por causa disso que meu Carnaval acabou. Afinal, sandália vai para o lixo, o que importa é a escola", disse.

Como nenhum quesito avalia o desempenho da rainha de bateria, a Tom Maior não deve perder nenhum ponto pelo atraso.

Luta de classes
Outros destaques foram as alas "luta de classes", representando a luta do proletariado contra a burguesia, "greve geral" e os relógios utilizados em alegorias, que simbolizam a "escravidão" do horário no trabalho.

O carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn adotou materiais pouco usados nas fantasias de Carnaval, como canudos de plástico, prendedores de roupa, esponjas de aço e espirais de caderno. Outra inovação foi o carro abre-alas, construído com 5 mil peças de eletrodomésticos.

A Tom Maior trouxe 3,5 mil componentes, 23 alas e cinco carros alegóricos. Em 2006, a escola de samba terminou o Carnaval na nona colocação.

Depoimentos
O metalúrgico Carlos Brito, 41 anos, nunca se divertiu tanto em uma manifestação como na noite desta sexta-feira. "Foi minha primeira vez (no desfile de Carnaval), ano que vem com certeza volto", disse após desfilar.

"Aqui vamos fazer uma assembléia convocando os trabalhadores para cruzar os braços por melhores condições", brincou o presidente da central sindical, Artur Henrique da Silva Santos, na concentração para o desfile.

Segundo ele, a Tom Maior e a CUT discutiam a participação no desfile desde o meio do ano passado. "Seria importante que uma escola representasse o trabalho como símbolo em uma festa popular como essa", explicou.

O senador petista Eduardo Suplicy (SP), convidado dias antes pelos sambistas, dançou e acenou às arquibancadas em cima do carro alegórico. "Foi tão bonita a vibração do povo, onde passamos o público aplaudiu, fiquei tão feliz", comentou na dispersão do desfile.

Inspirado no filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin, o enredo trouxe para a passarela operários, robôs, ferramentas e a disputa ideológica entre o capitalismo e o comunismo.

O deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, ressaltou a pesquisa feita pela escola, e deixou um recado após sambar na passarela. "A luta continua, e cada vez mais!"

Sustos
Um jovem foi prensado na altura do tórax entre dois carros da escola, pouco antes de entrar na avenida. Michel Mota, que também teve ferimentos na perna, foi socorrido pelo ambulatório móvel do Samu.

A escola teve problemas no quinto e último carro alegórico na concentração, que atrasou mas conseguiu entrar na avenida.

Com agências
 

Redação Terra