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Salvador
Sexta, 16 de fevereiro de 2007, 18h39 
Chiclete puxa blocos mais caros de Salvador
 
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Com um trio elétrico de R$ 2 milhões, a banda de axé Chiclete com Banana lidera por cinco dias seguidos os blocos mais disputados e caros do Carnaval da Bahia, onde metade dos foliões é de fora do Estado.

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Chiclete arrasta mulheres bonitas
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A advogada Pamela Nahum, 25 anos, veio para Salvador com um grupo de 30 pessoas que moram em São Paulo. Cada um gastou R$ 1,4 mil para pular no bloco Nana Banana, na sexta-feira e sábado, e outros R$ 1,7 mil no bloco Camaleão, no domingo, segunda e terça. Nos blocos mais baratos, apenas um dia chega a custar R$ 100, como no bloco Beijo.

No Nana e no Camaleão, a atração em cima do trio elétrico é Bell Marques, que, com seu famoso lencinho na cabeça, lidera o Chiclete com Banana por quilômetros de circuito, arrastando uma multidão fiel de fãs. "São os blocos mais bem freqüentados do Carnaval, esse é o mistério do Chiclete", disse Pamela.

Para a estudante Ana Paula Santana, 27 anos, que veio de Brasília, o Chiclete é disputado porque é o que mais anima a festa. "A Ivete Sangalo, por exemplo, eu gosto dela, mas ela fala demais. O Chiclete não, toca sem parar, é muita energia."

As duas se preparavam para ir pular no Nana Banana desta sexta-feira. Eram esperados 4,5 mil foliões pagantes, que vestem os abadás para ficar dentro do bloco, demarcado por uma corda que os separa da multidão conhecida como pipoca.

Segundo a organização, 50% dos foliões do Nana, Camaleão e Voa Voa, outro bloco do Chiclete, são de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

"O mais difícil de se ver é um baiano", disse o próprio baiano Felipe Rocha, 26 anos, que se mudou de sua casa em Salvador para um hotel mais perto da folia.

Para ele, que vai sair todos os dias atrás da banda, o que espanta seus conterrâneos dos blocos dos "chicleteiros" são os preços caros e a divulgação que a banda faz pelo Brasil, que acaba atraindo mais gente de fora do Estado.

Custo
A adoração dos fãs é do tamanho do próprio trio, o maior do Carnaval baiano. Segundo Paulo Alves Silva, que cuida da estrutura há 16 anos, só para fazer a plataforma móvel, que desce trazendo Bell Marques juntinho do público, custou R$ 600 mil. "Pode colocar aí no mínimo uns R$ 2 milhões", disse, explicando que o trio tem 63 toneladas, 25 metros de comprimento e chega a fazer 1 km em quatro horas.

A tietagem da banda também não tem idade. Margarida Crusoé, 65 anos, esperava havia uma hora na porta do trio a chegada de Bell Marques. Ela, aguardando uma oportunidade de falar com ídolo, usava uma camiseta com uma foto dos dois abraçados, tirada em 1988.

Ao ver o cantor chegar, seus olhos encheram de lágrima. "Ele é muito carismático, levanta a poeira em qualquer lugar. A voz não é lá essas coisas, mas ele enche o coração da gente", disse.
 

Reuters

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