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Carnaval 2007
Quinta, 15 de fevereiro de 2007, 19h21 
SP e Rio reforçam segurança e esperam mais foliões
 
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Palcos de episódios recentes de violência, São Paulo e Rio de Janeiro acreditam que a comoção gerada pelo Carnaval é superior aos temores e garantirá a presença do público nos desfiles das escolas de samba. A expectativa das cidades é receber mais turistas do que no ano passado.

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As duas maiores cidades brasileiras vão reforçar a segurança a partir de sexta-feira, mas minimizam o risco de ocorrências graves.

"Não estamos preocupados com isso não (medo da violência). Acho que o Carnaval vai ser tão tranqüilo quanto em outros anos", disse o Chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Samuel Dias Dionízio.

O planejamento da PM prevê um efetivo em todo o Estado do Rio durante o Carnaval de 30 mil homens, um crescimento de cerca de 5 por cento em relação ao ano anterior. O Sambódromo e imediações serão vigiados por mil policiais, um avanço de 14 por cento ante 2006.

"Nossa maior preocupação é com o Sambódromo, onde estarão 70, 80 mil pessoas. O mundo inteiro vai estar olhando para lá", acrescentou o coronel sobre os desfiles das noites de domingo e segunda-feira.

Nos próximos dias, milhões de pessoas tendem a esquecer os problemas e as ondas de violência para participar da maior festa popular do Brasil.

"Acho que as pessoas até se importam e se preocupam com o que tem acontecido, mas no Carnaval é um momento de festa e elas esperam que não haja violência", declarou Ligia Santiago, de 30 anos, turista paulista que passará o Carnaval no Rio.

O último episódio de violência que causou grande repercussão foi a morte do garoto João Hélio Fernandes, de seis anos, que foi arrastado por sete quilômetros pelas ruas do Rio após assalto na semana passada.

Nos últimos dias, tiroteios entre traficantes e policiais, apoiados pela Força Nacional de Segurança, sacudiram o Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte da capital fluminense.

"O Carnaval é um momento de cortina, que acaba encobrindo esses acontecimentos terríveis. Acho que depois do Carnaval as pessoas farão uma reflexão maior sobre o que está acontecendo, mas agora é hora de muita festa, chope e carne", afirmou o músico Sandro Chagalle.

O policiamento também será reforçado durante o Carnaval em São Paulo, que teve ondas de violência nos últimos meses, lideradas por membros do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC). Na área do Sambódromo, haverá cerca de 1.500 membros de segurança para o desfile das escolas de samba, na sexta-feira e sábado.

"O policiamento é sempre reforçado durante os feriados. Não há essa neura de PCC. A sociedade precisa recuperar a normalidade, não há esse contexto (medo de ataques)", informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública.

Mais turistas
O Rio espera receber 700 mil turistas, cerca de 20 por cento do exterior, disse o porta-voz da Secretaria de Turismo do Estado, Paulo Faustino, para quem a violência não é um problema.

"Prevalece o espírito carioca e a alegria da festa. No último Carnaval a violência não foi tema de reclamações", completou Faustino.

A taxa de ocupação dos hotéis no Rio deve chegar a 85 %, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), contra 93,5% em 2006.

Na capital paulista são esperados 27 mil turistas para o Carnaval deste ano, um aumento de 20 por cento em relação a 2006, segundo dados da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa oficial responsável pela promoção turística e de eventos da cidade de São Paulo.

"O Carnaval de São Paulo vem crescendo, se profissionalizando", disse a assessoria de imprensa da SPTuris.

A ocupação hoteleira no Carnaval em 2006 foi de 60 por cento, e este ano espera-se 70%. "Não houve reflexo da violência no turismo de São Paulo", afirma a SPTuris.
 

Reuters

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