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Salvador
Quarta, 14 de fevereiro de 2007, 22h25 
"A Bahia se vende muito barato", diz Brown
 
Vagner Magalhães
Direto de Salvador
 
Vagner Magalhães/Terra
Carlinhos Brown diz que Carnaval da Bahia precisa recuperar suas raízes
Carlinhos Brown diz que Carnaval da Bahia precisa recuperar suas raízes
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Na véspera da abertura do Carnaval de Salvador, que deve atrair cerca de 2 milhões de pessoas para as ruas da cidade, o músico Carlinhos Brown afirma que a festa mais popular da Bahia "se vende por pouco" e que a cada ano se afasta mais das suas raízes. Brown afirma não "querer ser chato", ainda que há anos venha batendo sobre a mesma tecla.

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"Precisamos fazer com que o Carnaval volte para as nossas mãos. Hoje, por exemplo, a nossa festa não tem alegorias, já que cada bloco pode levar apenas dois carros para a rua. Os camarotes, por exemplo, poderiam pagar direito de arena aos artistas. Queremos delirar felizmente, ser transbordantes", diz.

No ano passado, Carlinhos Brown chamou publicamente a atenção do ministro da Cultura, Gilberto Gil, pelo descaso com a educação na Bahia. O músico fez críticas ao ministro no domingo de Carnaval, quando a apresentação de seu trio foi interrompida várias vezes em função de brigas entre o público.

"Tem que educar o povo o ano inteiro e não apenas sete dias por ano. Vocês, autoridades, têm de ver e resolver isso aqui, viu ministro", disse Brown, referindo-se às brigas que ocorreram no meio da multidão. "Tem de filmar isso aqui e não ficar escondendo. Isso aqui é a verdadeira Bahia".

Nesta quarta-feira, ele disse que de um ano para cá a situação continua exatamente a mesma. "Quem mudou fui eu. Eu mudei para melhor. Vou fazer a minha parte e dormir sem culpa. E assim eu sou feliz", diz.

Neste ano o músico pretende inovar em duas áreas. Com o seu bloco Pipocão, pretende colocar 30 mil pessoas nas ruas. Ao público, que terá acesso livre, serão distribuídas 30 mil tiaras em forma de pipoca. A música tema da sua apresentação será "Pipoca Ploc."

Mercado do Ouro
No antigo Mercado do Ouro de Salvador, rebatizado de Museu Du Ritmo, Brown pretende lançar o seu projeto mais ambicioso: o Baile do Bloco Parado. O local, que estava abandonado, está passando por reformas depois de um acordo entre o músico e a família proprietária do Espaço.

Brown quer fazer dali um novo circuito do Carnaval de Salvador. O slogan criado é sugestivo. "Baile do Bloco Parado - Esse bloco parou para você." A intenção é reviver os bailes tradicionais de Carnaval, aberto para as famílias da cidade. As atrações vão se apresentar entre sexta e terça-feira. Durante o ano, o espaço será utilizado como museu e com atividades para a comunidade local.

Passarão pelo palco, além de Brown, Daniela Mercury, Babado Novo, Zélia Duncan, Chico César, entre outros. O ingresso, por noite, custa R$ 60. No sábado, uma criança até 12 anos acompanhada por um pagante, tem entrada franca.
 

Redação Terra