Fale conosco
Sites relacionados
Rio de Janeiro
Quarta, 14 de fevereiro de 2007, 10h07 
Porto da Pedra terá taça da Fifa de 9 metros
 
Raphael Azevedo
 
 Últimas de Rio de Janeiro
» CORREÇÃO: Beija-Flor conquista quarto título no século XXI
» Grazi Massafera previu queda na Sapucaí
» Piovani vira diabinha em camarote no Rio
» Beija-Flor exibe sua supremacia no desfile das campeãs
Busca
Busque outras notícias no Terra:
Depois de passar pela Viradouro, em 2006, Milton Cunha aposta todas as suas fichas em outra escola, a Porto da Pedra. Autor do enredo Preto e Branco a cores, o carnavalesco acredita na força da história, da beleza e dos mistérios da África do Sul para fazer sucesso na Sapucaí.

Leia mais notícias em O Dia

Extremante crítico, o tema traz uma mensagem de esperança e superação. "Temos muito o que aprender com eles. Quando voltei da África fiquei impressionado com as famílias negras riquíssimas, donas quase todo o comércio local", recorda Milton. Para exaltar a Copa de 2010 na quinta alegoria, ele levará uma taça feita de acrílico com 9 metros de altura, nos moldes da oferecida pela Fifa aos países campeões.

Para mergulhar no universo do país, o carnavalesco e o presidente da escola, Uberlan de Oliveira, visitaram a cidade de Porto Elizabeth. De lá trouxeram idéias e promessas de patrocínio.

Embora muitas dessas não tenham se confirmado, a motivação para exaltar a região não diminuiu. "Infelizmente, só pude trabalhar com o dinheiro da subvenção da Liga. Usei 200 mil reais em cada carro. Os movimentos das alegorias também demandaram uma verba grande", explica.

Dona de um dos melhores samba-enredo do Grupo Especial, a Porto da Pedra vai levar algumas novidades para a Sapucaí. Uma delas poderá ser vista na ala das baianas. Ao todo, 250 mulheres terão a responsabilidade de transmitir a idéia de um dos principais setores do enredo: a passagem da liberdade orgulhosa da negritude para a prisão e a dor da segregação racial com o Apartheid (movimento de segregação racial).

Milton reconhece que está preocupado com a evolução da escola, mas diz que não pode deixar de ousar. "Para isso que existe ensaio, muito ensaio. Vim ao mundo para correr riscos, cair, levantar, cair de novo e morrer lutando. Adoro uma novidade, sempre respeitando e conversando com minha escola. Se esse mar de baianas emocionar, aí viro purpurina", brinca.

Outra novidade será o movimento nas fantasias dos destaques. Alguns deles vão subir e descer em pequenas plataformas, o que garantirá a interação com o resto da alegoria. No carro do Museu da Favela Vermelha, quatro barracos vão girar em torno da estrutur que será o museu, este todo em acrílico. Para lembrar o primeiro transplante de coração feito no mundo, em 1972, na África do Sul, Milton Cunha usará quatro órgãos gigantes.

Primeira escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, a Porto da Pedra virá com 3.800 pessoas, distribuídas em 36 alas. Para cumprir todo o cronograma de atividade, 200 pessoas trabalham no barracão.
 

O Dia

© Copyright Editora O Dia S.A. - Para reprodução deste conteúdo, contate a Agência O Dia.