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O frevo, gênero musical característico da cultura popular de Pernambuco, e que completou 100 anos nesta sexta-feira, agora é patrimônio imaterial do Brasil. Um espetáculo musical comemorou a conquista nesta noite, na praça do Marco Zero, em Recife.
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A resolução foi anunciada
pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, após reunião do Conselho Consultivo do
Patrimônio Cultural do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), realizada na sacristia da Igreja de São Pedro dos Clérigos.
Os 14 conselheiros presentes ao encontro aprovaram por unanimidade a solicitação da prefeitura de Recife, para que o frevo fosse incluído no
Livro das Formas e Expressão como Patrimônio Imaterial, levando em conta
origem, música e dança.
O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, explicou o que muda com
a decisão: "Fica mais fácil para as agremiações de frevo apresentarem projetos ao Ministério da Cultura e pleitearem incentivos junto à iniciativa privada".
Já o ministro destacou que o status de patrimônio imaterial conferido ao ritmo tipicamente pernambucano expressa a
sintonia do Iphan com um gênero musical que "canta e conta" a alma do povo
pernambucano. "A atribuição desse título fortalece a propagação do frevo pelo Brasil e pelo mundo", disse Gil.
Para a gerente de Preservação do Patrimônio Cultural e Imaterialde Recife, Carmem Lélis, a medida beneficiará o frevo com um programa de salvaguarda que inclui ações como a inauguração de um Centro de Pesquisa direcionado à difusão, à promoção e à capacitação para o frevo.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, enfatizou que com a decisão o frevo será incentivado, principalmente entre os estudantes da rede pública estadual.
Os conselheiros do Iphan também aprovaram hoje o tombamento da Casa de Vidro, em São Paulo. Existem nove bens culturais no país registrados como patrimônio imaterial e na área musical, um deles é o samba de roda do Recôncavo Baiano.
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