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Após a quinta colocação no Carnaval 2006, a Beija-Flor mudou e trouxe carnavalesco campeão pela Vila Isabel, Alexandre Louzada. Sua chegada não desfez a comissão de Carnaval, que continua com Laíla, Fran-Sérgio, Bira e Shangai.
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Para simbolizar a mudança da escola, a comissão de Carnaval resolveu depois de 10 anos voltar com o símbolo da agremiação, o Beija-Flor, que estará no abre-alas.
"Ele tem 10 metros de envergadura de asa e é cheio de movimentos. Não é nada hightech. Em um momento, ele vai beijar uma flor", revela Louzada.
Alexandre Louzada não esconde sua felicidade com a transferência para a Beija-Flor. "Estou superfeliz. É como uma volta para casa, porque a Beija-Flor é uma família. Não existe vaidade. Cada um da comissão faz uma parte e depois em uma reunião avaliamos todas idéias. A estrutura é pronta. Na Vila Isabel, eu trabalhei sozinho e tive que dividir os méritos. Agora, eu trabalho em grupo e todos são valorizados", disse o carnavalesco, criticando a postura da mídia, que após o título da Vila Isabel colocou Joãosinho Trinta como um dos reponsáveis pelo desfile da escola em 2006, mas na verdade, o trabalho foi somente de Louzada.
Apesar do sucesso nos ensaios técnicos da Sapucaí, a turma prefere manter os pés no chão. "O Laíla não permite euforia. Estamos orgulhosos pelos ensaios, mas sabemos que os adversários são fortes", contou Louzada.
Segundo Louzada, a Beija-Flor está preparando um Carnaval com alegorias maiores. O abre-alas tem 50 metros e é acoplado. A escola também utilizará teatralização. Sobre os materiais, a escola não poupou despesa.
"Eles gostaram do meu estilo com a palha e associaram com o luxo tradicional da escola. É um luxo rústico. É o carnaval mais caro que já fiz", revelou o carnavalesco.
O enredo para o Carnaval 2007 surgiu através de um concurso dentro da escola. Louzada, Fran-Sérgio e Shangai apresentaram seus temas. O resultado final foi a vitória do enredo de Alexandre Louzada, mas com pitadas da idéia de Fran-Sérgio, que incluiu o misticismo.
"A Beija-Flor viaja por todas as Áfricas. Vamos na gênese, ali revelamos uma África real (savana) e a realeza. Mostramos como vivia Xangô. Nunca vamos explorar o sofrimento, a escravidão. Isso não interessa", explica Louzada.
Através de uma licença poética, a escola mostra a vinda dos africanos para o Brasil. Eles são trazidos nos braços de Iemanjá. "Aqui, eles criaram uma nova África, desde a Bahia, passando pela Casa das Minas".
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