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Rio de Janeiro
Quinta, 1 de fevereiro de 2007, 10h59 
Carro alegórico da Vila Isabel mudará de cara no desfile
 
Flávia Duarte
 
Alexandre Brum /O Dia
Carro alegórico da Vila Isabel terá efeitos especiais
Carro alegórico da Vila Isabel terá efeitos especiais
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Puxada por um camaleão, a Vila Isabel desfilará na Sapucaí a evolução da humanidade e a sua própria metamorfose. Efeitos de luz, teatralização e portas que abrem e fecham vão mudar completamente as alegorias diante do público.

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Quem se acostumou ao estilo tradicional da agremiação vai se surpreender também com a transformação que o carnavalesco Cid Carvalho, ex-Beija-Flor, produziu na estética da escola campeã.

O lagarto de cores cítricas de 12m abre alas para o surgimento da vida. Ele vai caminhar e mudar de cor graças aos quase cem watts de luz sob sua pele. Mulheres-borboletas voarão sobre o réptil, que traz a reboque Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução, e a figura do guardião do tempo.

O enredo vai narrar o progresso do homem até a revolução genética da clonagem. As bizarras alterações que o homem faz no próprio corpo serão representadas no carro da vaidade.

Bem-humoradas gordinhas vão se transformar em magrinhas, num abrir e fechar de portas. Negões de cabeleira 'black power' vão virar o estranho Michael Jackson. "O tempo é o senhor de todas as transformações no enredo", explica o carnavalesco.

Um dos carros de maior impacto será o "Medieval/Renascentista". Ele simboliza a passagem da Idade Média - quando o homem via em Deus a razão de todas as coisas - para o Renascimento, período em que o homem se vê capaz de julgar e criar.

Inspirada numa catedral, a alegoria terá, na primeira fase, luzes vermelhas e vitrais coloridos. Em seguida, a luz muda para azul e surgem painéis com pinturas históricas, como a Monalisa, de Leonardo da Vinci e a escultura de David, de Michelangelo.

Boa parte dos efeitos visuais vem do jogo de iluminação. Ao todo, as nove alegorias vão carregar 600 mil watts. O mais sofisticado será o refletido sobre escultura de robô e engrenagens, que terá 160 mil watts. "Ele vai se mexer em câmara lenta, com a ajuda de estrobos, neon e lâmpadas fluorescentes", conta o iluminador Paulo Cesar Magalhães.

Um outro jeito de desfilar
A metamorfose salta aos olhos no barracão da Vila: a escola ganhou variação de cores, poucas esculturas nas alegorias, leveza e o fim dos componentes pendurados em "queijos". Apesar da mudança no visual, Cid Carvallho diz que a essência da escola de Noel foi preservada. "A Velha Guarda, por exemplo, vem dentro do desfile, não escondida atrás do carro alegórico no fim", diz.

A delicadeza e a variedade das alegorias em cada setor mostram que ele não levou consigo a estética da Beija-Flor, onde esteve por 13 anos. "Em Nilópolis, eu participava do desenho dos carros e depois partia para o ateliê. Muitas vezes, eu discordava da decoração das alegorias", conta.
 

O Dia

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