Fale conosco
Sites relacionados
Rio de Janeiro
Quarta, 31 de janeiro de 2007, 17h56 
Presidente da Liesa avisa que Carnaval não pode virar parada militar
 
Alberto João
 
 Últimas de Rio de Janeiro
» CORREÇÃO: Beija-Flor conquista quarto título no século XXI
» Grazi Massafera previu queda na Sapucaí
» Piovani vira diabinha em camarote no Rio
» Beija-Flor exibe sua supremacia no desfile das campeãs
Busca
Busque outras notícias no Terra:
No segundo dia do curso de jurados para o desfile do Grupo Especial no Carnaval 2007, os quesitos Harmonia, Evolução e Samba-Enredo foram debatidos pelo presidente da Liesa, dirigentes das escolas e julgadores.

Leia mais notícias de O Dia

Durante o curso, Aílton Guimarães Jorge, presidente da Liesa, frisou que o Carnaval não pode virar uma parada militar, os artistas precisam entender que na hora do desfile, quem brilha é a escola e que as comissões de frente não podem sair correndo pela pista e deixar buracos.

Quesito Samba-Enredo
"Peço que ninguém leve em consideração, notas ou julgamentos feitos por jornais. Todos precisam apagar os comentários da cabeça. Não existe pré-julgamento antes do desfile. Samba é melodia e letra. A composição necessita preencher o enredo. Não é só a escola cantar o samba, ele precisa estar dentro do tema.

O samba começa no pique, mas com quinze, vinte minutos de desfile, cai a pulsação e o desfile perde qualidade. Isso é sinal de que o samba não é bom. O samba tem que empurrar a evolução e harmonia.

Quesito Harmonia
"Maior peso nas notas, porque julgadores de harmonia descontam pontos de alas que não cantam, porém nas justificativas, eles revelam que uma, duas ou três alas não cantaram e tiram 0,2 décimos, e em outro desfile, 5 alas não cantaram e perdem somente um décimo. É preciso ter coerência.

Também tem o problema de algumas alas que cantam com força e outras que aparecem fracas. No desfile do Grupo Especial, o samba não atravessa o canto há vários anos. O problema é a manutenção da tonalidade.

Quesito Evolução
Guimarães fala sobre alas de passo marcado: "Uma, duas ou três tudo bem. Agora, o que não pode acontecer é o excesso de alas de passo marcado. Alas teatralizadas e bem coreografadas, enriquecem o nosso espetáculo".

Segundo o presidente da Liesa, os jurados precisam penalizar a famosa "correria" das agremiações. "Principlamente no módulo 4. Muitas escolas correm e acabam levando nota dez. Isso não pode acontecer. Além disso, os julgadores precisam ficar atentos com a falta de espontaneidade. Carnaval não é parada militar. Não sou eu que quero, está no regulamento".

O presidente da Liga citou os problemas de alas emboladas e "bicões" dentro dos desfiles.

"O artista é a escola de samba. Eles fazem parte do Carnaval, são bem-vindos, porém na hora do desfile, quem tem que brilhar é a escola", disse. Nesse momento, o presidente da Beija-Flor, Anísio Abrahão David, emendou: "A mídia não pensa assim".
 

O Dia

© Copyright Editora O Dia S.A. - Para reprodução deste conteúdo, contate a Agência O Dia.