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No segundo dia do curso de jurados para o desfile do Grupo Especial no Carnaval 2007, os quesitos Harmonia, Evolução e Samba-Enredo foram debatidos pelo presidente da Liesa, dirigentes das escolas e julgadores.
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Durante o curso, Aílton Guimarães Jorge, presidente da Liesa, frisou que o Carnaval não pode virar uma parada militar, os artistas precisam entender que na hora do desfile, quem brilha é a escola e que as comissões de frente não podem sair correndo pela pista e deixar buracos.
Quesito Samba-Enredo
"Peço que ninguém leve em consideração, notas ou julgamentos feitos por jornais. Todos precisam apagar os comentários da cabeça. Não existe pré-julgamento antes do desfile. Samba é melodia e letra. A composição necessita preencher o enredo. Não é só a escola cantar o samba, ele precisa estar dentro do tema.
O samba começa no pique, mas com quinze, vinte minutos de desfile, cai a pulsação e o desfile perde qualidade. Isso é sinal de que o samba não é bom. O samba tem que empurrar a evolução e harmonia.
Quesito Harmonia
"Maior peso nas notas, porque julgadores de harmonia descontam pontos de alas que não cantam, porém nas justificativas, eles revelam que uma, duas ou três alas não cantaram e tiram 0,2 décimos, e em outro desfile, 5 alas não cantaram e perdem somente um décimo. É preciso ter coerência.
Também tem o problema de algumas alas que cantam com força e outras que aparecem fracas. No desfile do Grupo Especial, o samba não atravessa o canto há vários anos. O problema é a manutenção da tonalidade.
Quesito Evolução
Guimarães fala sobre alas de passo marcado: "Uma, duas ou três tudo bem. Agora, o que não pode acontecer é o excesso de alas de passo marcado. Alas teatralizadas e bem coreografadas, enriquecem o nosso espetáculo".
Segundo o presidente da Liesa, os jurados precisam penalizar a famosa "correria" das agremiações. "Principlamente no módulo 4. Muitas escolas correm e acabam levando nota dez. Isso não pode acontecer. Além disso, os julgadores precisam ficar atentos com a falta de espontaneidade. Carnaval não é parada militar. Não sou eu que quero, está no regulamento".
O presidente da Liga citou os problemas de alas emboladas e "bicões" dentro dos desfiles.
"O artista é a escola de samba. Eles fazem parte do Carnaval, são bem-vindos, porém na hora do desfile, quem tem que brilhar é a escola", disse. Nesse momento, o presidente da Beija-Flor, Anísio Abrahão David, emendou: "A mídia não pensa assim".
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