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Quinta, 25 de janeiro de 2007, 20h03  Atualizada às 20h30
Casais de mestre-sala e porta-bandeira investem na forma física
 
Carlos Moraes/ Ag. O Dia/O Dia
Muitas escolas investem na forma física de seus integrantes
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Vale tudo para garantir o bailado perfeito no Carnaval. Em busca da nota máxima, casais de mestre-sala e porta-bandeira inovam na preparação para o desfile. Como as escolas de samba, eles também investem em tecnologia. Quem tem menos recurso e tempo abusa da criatividade para não ficar pra trás. Vale dançar com estandarte molhado e até fortalecer os músculos subindo e descendo escadas.

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Os titulares da Vila Isabel, Rute Alves e Raphael Rodrigues, encharcam sempre a bandeira antes dos ensaios. Além de simular a apresentação sob chuva, eles descobriram que deste modo o pavilhão não enrola. O 'jeitinho' será usado durante a exibição na Sapucaí.

"Ano passado, perdemos ponto por causa de um helicóptero que ficou em cima da gente na apresentação aos jurados. Agora, além de molhar a bandeira, ensaiamos em frente aos ventiladores da quadra", conta Rute, que ano passado treinava com mochila com sete quilos de areia nas costas.

O coreógrafo da dupla, Júnior Ryokoy, ainda grava em câmera digital todo o ensaio para o casal analisar logo em seguida a performance no laptop. "Quando dançamos, achamos que está tudo certo. Assistindo ao vídeo, vemos que sempre dá para melhorar um movimento", explica Raphael. Os ritmos dos ensaios são exaustivos. O casal ensaia todos os dias e, três vezes por semana, repassa o bailado na Sapucaí, para acertar os passos com a Comissão de Frente.

A porta-bandeira da Beija-flor, Selminha Sorriso, investiu na estética para tirar "excessos" das costas. Desde dezembro, faz mesoterapia para dissolver gordura localizada. "Este ano minha roupa traz decote nas costas. Como não posso fazer feio na apresentação, também não posso deixar gordurinhas à mostra", comenta, vaidosa.

A maioria dos casais pratica exercícios para ter resistência e não cansar durante o desfile. As duplas são responsáveis por 40 pontos. "Antes, a dança do mestre-sala e da porta-bandeira era considerada apenas arte. Hoje, é também forte atividade física", ressalta Marcela Alves, da Mocidade. Além dos ensaios três vezes por semana, ela faz ginástica e musculação.

Carla Rocha, da Estácio de Sá, é uma das únicas a não freqüentar academia. Mas nem por isso deixa de se exercitar. Moradora do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, ela sobe e desce quase 400 degraus de escada, pelo menos três vezes por dia, no acesso à sua casa. "Nem preciso de academia", observa ela, que ainda cuida de dois filhos. "Dona-de-casa malha muito. Garanto que dou conta na Sapucaí", afirmou.

Beija-Flor investe em beleza
Este ano, a Beija-Flor investiu pesado na aparência de seus destaques. Além de Selminha Sorriso, também passaram pela clínica de estética o carnavalesco Alexandre Louzada e a passista Netinha.

"A escola precisa pensar em tudo. A gente nunca sabe o que passa pela cabeça dos jurados", justifica Wellington Poletti, especialista em medicina estética. Em troca de lugar na composição de um carro da escola de Nilópolis, Wellington, fã da Beija-Flor, ofereceu seus serviços para a escola.

Louzada fez bioplastia (tipo de plástica sem corte) no rosto: "Vivemos da imagem. Temos que aparecer bem nas fotos. Tirei uns sulcos do rosto, pois, com 46 anos de idade e 25 de trabalho estressante no Carnaval, a gente fica com o rosto cansado", revela o carnavalesco, campeão de 2006 com a Vila.

A passista Netinha fez tratamento anticelulite e de definição do abdômen. "Ela usa muito pouca roupa e, apesar de não contar ponto, o corpo dela precisa estar perfeito para o desfile", analisa Wellington.
 

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