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Quinta, 7 de dezembro de 2006, 15h21 
Carnaval de São Paulo vai ampliar fronteiras em 2007
 
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O Carnaval paulistano, que gera 25 mil empregos temporários e efetivos anualmente, terá proporções muito maiores em 2007. Em uma ação inédita de publicidade, o evento começará informalmente um mês antes dos desfiles, se estendendo pela capital e criando novos conceitos para a mais famosa festa brasileira.

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A São Paulo Turismo, a empresa Ingresso Fácil e a Liga das Escolas de Samba de São Paulo se uniram para proporcionar um Carnaval que vai se expandir por várias áreas, desde o turismo até as partes editoriais que "facilitam" a vida do folião. "Falta glamour no nosso Carnaval", afirma Caio Luiz de Carvalho, presidente da SP Turis.

A intenção é atrair cada vez mais renda à capital, unificar o Carnaval de São Paulo e conseqüentemente popularizar a festa paulistana. "Queremos transformar o evento em uma atração turística", acrescenta Caio Luiz.

A agência BFerraz Full Promotion é quem vai cuidar de toda a parte comercial, além das ações de padronização do evento em áreas como o Sambódromo. Em apresentação das novidades à mídia nesta quinta-feira, ficou clara a intenção de diminuir a dependência do poder público. "Eles fazem tudo, mas falta aquele toque", explica Caio Luiz.

Para Alexandre Marcelino Ferreira, presidente da Liga das Escolas de Samba de SP, este é o momento de investir em tudo aquilo que rodeia o Carnaval, mas não está oficializado como parte da festa.

Dentre as novidades apresentadas, destacam-se a disponibilidade de um calendário oficial da cidade, que vai trazer registros históricos do Carnaval de São Paulo e uma agenda com os principais eventos relacionados, e o lançamento de um guia oficial, que vai ser encartado em revistas como Caras, Veja e Veja São Paulo, além de transmissões na Band e Band FM.

Outra iniciativa é "glamurizar" os camarotes, com presença de celebridades, ações publicitárias e possibilidade de venda a empresas privadas. "Tinha uma época que estrelas de Hollywood vinham ao Carnaval de São Paulo. Eram tempos românticos que não voltam, não adianta olhar pra trás. Temos sempre que pensar no futuro", falou Caio Luiz.

Como parte da ação comercial, os camarotes serão divididos em Master, Super, Premium e Plus. Cada um deles tem cotas comerciais definidas - a mais alta custa R$ 4,35 milhões e a mais baixa R$ 1,7 milhão -, embora nenhum deles poderá comercializar ingressos por conta própria. A regra, porém, não se aplica ao camarote do bar Brahma, que tem contrato firmado com o complexo Anhembi.

Além de toda a "invasão" carnavalesca em São Paulo, o folião também poderá adquirir um CD com as músicas inéditas do samba-enredo. Ao todo, são 14 canções na íntegra com tudo o que será novidade no Carnaval 2007. O material será vendido a partir desta quarta-feira ao preço de R$ 2,90, junto com uma edição do jornal O Diário de S. Paulo.

Ingressos
Além da contratação da BFerraz Full Promotion, a empresa Ingresso Fácil é quem vai cuidar da venda de convites. Ao todo são oito pontos de venda em São Paulo e mais cinco no Rio de Janeiro.

O folião também poderá comprar pela Internet e através do call center. Os ingressos variam de R$ 40, a arquibancada, a R$ 48.375, o camarote especial para 25 pessoas. As vendas começam a partir do dia 15 de janeiro.

Escolas de Samba
Para a maioria das escolas de samba de São Paulo, a nova proposta comercial trouxe muitos benefícios, o que vai favorecer na qualidade dos desfiles. "Teremos um Carnaval competitivo, sem favoritos", afirma Alexandre Ferreira.

Thobias, atual presidente da Vai-Vai, porém, afirma que a iniciativa chegou tarde. "Estamos em dezembro, isso deveria ter começado em agosto ou setembro. Veremos o que dá para fazer", enfatiza.
 

Redação Terra